Isenção de IPI deve ser mantida apenas para carros populares
Governo estenderá benefício com receio de queda no PIB. Carros maiores terão desconto parcial no imposto, mas formato ainda é discutido
São os consumidores dos modelos mais baratos que têm sido atingidos pelas dificuldades de financiamento, ao contrário dos clientes de modelos mais caros, nacionais ou importados. Para esses últimos, estuda-se um desconto progressivo na alíquota do IPI: “pode ser de 50%, por exemplo, mas não há nada definido ainda”, disse a fonte.
O ministro Guido Mantega teria se reunido com representantes das montadoras nesta segunda e batido o martelo a respeito da continuidade da isenção para os carros com motor 1.0. Em vigor desde 21 de maio, a medida tem ajudado a desovar os estoques das fabricantes de automóveis – para agosto, último mês da isenção, é esperado um recorde de emplacamentos de cerca de 400 mil unidades.
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Alíquota zero
Se for confirmada, a medida manterá o IPI de populares com alíquota zero para nacionais e 30% para importados. Já os modelos com motor de até 2 litros fabricados no Brasil ficariam com o IPI entre 5,5% (situação atual) e 11% (alíquota anterior a isenção) no caso de bicombustíveis, e 6,5% a 13% nos movidos apenas a gasolina – modelos com motores acima de 2 litros pagam atualmente 36,5% de IPI.
Para manter o mercado aquecido, acredita-se que o governo vá se pronunciar apenas no início de setembro.
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