DEZ MELHORES CARROS NOVOS QUE POSSO COMPRAR EM 2012
Em janeiro de 2010 publiquei um post que viria ser o meu de maior
sucesso aqui no blog, os 10 melhores carros novos que posso comprar. Nunca
imaginei que algo daquele tipo chegasse a tanto, nem entendo o por quê, simplesmente porque foi um dos mais fáceis de escrever.
Apenas escrevi aquilo para me ajudar a escolher o meu próximo carro, que
acabou sendo o número 2 daquela lista. Sim, comprei um dos últimos Focus MkI
zero-km do Brasil, já em meados de 2010, história que também contei aqui. Escrevi aquilo para colocar coisas que andavam em minha cabeça no papel,
e assim organizar as idéias. Acho que é chegada a hora de fazer isso de novo.
Dar uma reciclada e atualizada naquela lista, já há mais de dois anos no
passado.
O nome permanece igual, mas as condições de contorno mudaram um pouco.
Desde então, mudei de casa para morar próximo do trabalho (coisa
imprescindível
para os que moram na cidade de São Paulo e pretendem manter a sanidade a
longo
prazo), e vendi o Focus 2009. Ainda tenho o 2005, que aos 105 mil km
ainda está totalmente perfeito, e para falar a verdade nem pensaria em
trocá-lo se não
fosse a minha esposa, que gosta de um carro novinho na garagem. Como
agora não
preciso realmente de dois carros na garagem (vou a pé para o trabalho),
as
opções aumentam e ficam menos comparáveis diretamente.
Explico: posso comprar um carro um pouco mais caro e ficar só com ele. Mas posso também manter a faixa de preço daquele meu post anterior, e ter dois carros. Poderia aí manter meu amado Focus... Ou vendê-lo e acabar com cinco anos de abstinência, colocando algum Opala de novo na garagem. Ou um Chevette. Ou um BMW série 3 dos anos 90. Ou ainda eu posso matar aquela velha vontade de ter um Fusca. Mas estou divagando, e acho que vocês já entenderam o esquema.
A lista, portanto, é mais eclética que a anterior, mas acho que mostra
como esse negócio de comparar carros de um mesmo tamanho ou preço é uma coisa
sem muito nexo. O comprador tem razões e opções que só ele mesmo entende. No
meu caso aqui, o carro continua sendo a condução primária da família, que
aumentou com a mudança de minha mãe para muito perto da minha casa depois do
falecimento do meu pai. Um pouco mais de espaço seria bom, e isso aparece na
lista. Por este motivo, todos os hatches pequenos da lista passada tiveram que
sair desta.
Minha esposa queria câmbio automático também, mas eu não, então esta é
uma questão também confusa que aparece na lista. Mais uma confusão clássica que
os fabricantes às vezes esquecem: tem que manter as duas opções, e manumático
não é a mesma coisa. Para mim, tem 2 pedais é automático, 3, é manual.
A ausência mais clara aqui é a do Focus MkII, ainda à venda por aqui.
Mas na verdade eu nunca gostei dele, simplesmente porque o MkI era mais legal e
coisa de dez mil reais mais barato. Comprei meu Focus 2005 por 37 mil reais,
depois comprei o 2009 por 37 mil reais, então porque compraria um 2012 por mais
de 50? Sem chance, a Ford me abandonou, eu abandonei ela. Acho que só por isso
mantive aquele Fiesta mexicano de olhos puxados demais de fora da lista também.
Fora que minha experiência com a marca deteriorou muito do Focus 2005 para o
2009.
Vocês notarão também que não havia Chevrolet nem Nissan na lista
anterior, e aqui têm presença marcante. E que Fiat, Ford e Peugeot, que
apareciam na lista anterior, estão ausentes nessa. O mundo dá voltas...
À lista então, na ordem que aparecem na minha cabeça:
11) Chevrolet Cobalt
O Cobalt, projetado e desenhado aqui no Brasil,
é a Chevrolet finalmente voltando a fazer carros que dá vontade de comprar. Não
é um carro bonito, (apesar de ser melhor do que o concorrente Nissan Versa
nisto), mas é extremamente eficiente como veículo.
Primeiro, é enorme por dentro. Maior que Toyota
Corolla, maior que meu Focus MkI, muito maior que seu irmão de estábulo Cruze.
Tanto o interior quanto o porta-malas são gigantescos para a categoria. Mesmo
assim, é um carro leve, não passando muito de uma tonelada. Seu coeficiente de
penetração aerodinâmica é ótimo também, apenas 0,32. Sendo assim, o motor de
1,4 litro e 102 cv dá um bom desempenho ao carro, e um consumo contido. Claro,
não é um foguete, mas se considerar o tamanho do carro e o consumo, o
desempenho surpreende. Há uma considerável reserva de velocidade na estrada,
mas infelizmente, além do limitador de rotação, há também um limitador de
velocidade máxima a 180 km/h, que é algo em torno de 1.000 rpm do limite de
rotação em quinta marcha, e que é perfeitamente alcançável.
O carro é muito bom de suspensão. Longe das
rodas gigantes com pneus de perfil finíssimo que infestam os carros modernos, o
Cobalt tem um comportamento neutro e benigno, e não é perturbado por piso ruim
quando se anda rápido, como é o caso do Cruze.
O interior é agradável, e a posição de dirigir,
apesar de um pouco alta para mim (1,92 m de altura), é confortável e espaçosa. E
o silêncio dentro dele a qualquer velocidade e rotação do motor é algo
realmente impressionante. E além disso é um carro barato para o que oferece, custando
algo entre 40 e 46 mil reais, aproximadamente.
Se comprássemos carros logicamente, só
compraríamos Cobalts, mas o homem não é um bicho lógico. Mas digo uma coisa,
com os bancos, motor e câmbio do Cruze, eu esquecia fácil aquela grade
ridícula... Ou se houvesse uma versão perua.
22) Nissan Versa
Não andei ainda de Versa, então tenho que
confiar nas impressões do Bob (veja aqui). Como o Cobalt, um carro excelente,
mas de desenho um pouco estranho. O espaço interno é fenomenal, e o motor é
mais alegre e potente que o 1,4 litros do Cobalt. Um páreo duro entre os dois.
33) Chevrolet Cruze
A primeira coisa que marca no Cruze é a posição
de dirigir. Nele, sento baixo, perto do chão. O banco tem laterais que me abraçam
perfeitamente. Tudo fica suportado, nada sobra ou falta naquele banco. E se você
não pedir o revestimento de pele de vaca, sentirá que as espumas tem a dureza
perfeita. O volante, regulável em ângulo e profundidade, fica perto de você, quase
uma posição de stock car americano. Uma delícia.
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